sexta-feira, 30 de março de 2012

Superação da Família Paez Vilaró (Uruguai)




A pouco tempo, em visita a Casapueblo, localizada em Punta Ballena (Uruguai) conheci o artista plástico uruguaio CARLOS PAEZ VILARÓ, que fazia uma tarde de autógrafos de sua autobiografia.

Fiquei encantada com a beleza de sua casa e de suas obras inspiradas no CANDOMBE, mistura de ritmos africanos, atualmente considerado patrimônio cultural da humanidade.



Outro dia, assistindo a um documentário sobre o famoso acidente de avião Uruguaio na Cordilheira dos Andes em 1972 que inspirou o filme VIVOS, me surpreendi com o relato de CARLOS PAEZ VILARÓ. Ele falou sobre a aflição de seu filho, CARLITOS VILARÓ, sobrevivente do fatídico acidente, desaparecido por 70 dias, submetido ao frio de 25º a baixo de zero, necessitando consumir carne humana para garantir a sua sobrevivência.



Fiquei impressionada com a força tanto do pai quanto do filho! Linda historia de superação! Jamais imaginei conhecer alguém que vivenciou de perto a tortura desta epopéia, não poderia deixar de compartilhar isso com vocês!


segunda-feira, 19 de março de 2012

Punta del Este - Uruguai - Dias de Sol (2° Dia)



2º Dia – Casapueblo/ Playa Mansa/ Conrad

Acordamos as 8:00h da manhã, enfrentamos a fila do banho e tomamos o primeiro bus da COT no terminal de Punta com destino a Punta Ballena para conhecer a Casapueblo.

Paguei o equivalente a R$1,80 e depois de uns 20 min., o ônibus nos deixou na estrada (em la ruta) que dava acesso a Casapueblo. Que arrependimento! De taxi pagaríamos ida e volta R$30,00 por cabeça!!! Tivemos que andar uns 3 km debaixo de muito sol!!!

Como ainda estávamos animados, a caminhada não foi tão torturante. Foi até divertido ver as mansões do lugar. Engraçado que toda casa tinha um nome na porta! Achei isso muito legal... conheci a La Falora, Acuarela... etc. Decidi dar nome a minha casa também! Assim que eu morar sozinha, meu ap se chamará El Dorado, em homenagem aos artigos “preciosos” que compro em minhas viagens!

Enfim, depois de uma boa “paletada” chegamos a Casapueblo. Pagamos 120 pesos uruguaios para entrar. A casa é linda, aparentemente sem ordem alguma nem dá pra entender como foi projetada em uma encosta. A vista de lá é de tirar o fôlego. Sorte de quem já morou ali! Atualmente a casa é dividida entre o lugar possível de fazer visitas pagas, em hotel para os abastados e em restaurante.

Muito legal desvendar aquele lugar, mas senti falta de um guia explicando as obras de Vilaró, ou ainda a razão daquela construção ou das lindas obras que estavam expostas. Aproveitei e comprei um prato com o desenho da Casapueblo por 20 dólares! Mais um item para o El Dorado! Ai de quem quebrar! kkk


O ponto INCRÍVEL do dia foi que o próprio Carlos Paez Vilaró estava na casa autografando a sua autobiografia. Meio sem graça, sob pressão dos amigos, tirei uma foto com o artista. Amei!!! Não me arrependo de ter sido tiete por um dia!

Hum... correção! Esse dia teve 2 pontos INCRÍVEIS! O primeiro já foi mencionado acima, porém o segundo, além de incrível, foi INACREDITÁVEL.

Assim que saímos da Casapueblo, olhamos para o céu e testemunhamos um fenômeno lindo...um HALO!! Havia um círculo colorido ao redor do sol!!! Mais um presente!



Após alguns minutos embasbacados com o que estávamos vendo e mais algumas fotos em pontos estratégicos. Conseguimos tomar um bus que nos deixou na estrada a espera da baldeação. Bom... 2 horas, muito sol na cabeça, turistas amontoados a beira da estrada e nada de ônibus! Ao menos a vista era bonita! :)


Agora isso é engraçado, mas na hora foi punk! Uma galera no meio da estrada, debaixo de um mega sol, sem uma gota de água! kkk Não sei o que aconteceu com os ônibus aquele dia. Talvez seja melhor ir de taxi e pagar mais caro. (cobram em média R$120,00 ida e volta).

Quando enfim chegamos a Punta, após comer um Pancho (cachorro quente murchinho, servido em um pão mínimo), fomos tomar MAIS UM POUCO DE SOL na Playa Mansa. Essa sim vale um banho, apesar da água fria!! O rio La Plata parece o mar, só que tranquilinho. A praia é super família, dá pra alugar cadeira, guarda sol e ainda tem um troço bem legal pra trocar de roupa: Los trocadores.

Cansados de sol, sem a menor noção do quanto havíamos nos queimado, caminhamos em direção ao Conrad. O hotel é bem legal, tem uns restaurantes interessantes e um cassino pra se divertir. Pra ser honesta esperava um pouco mais. Achei o cassino pequenino!

Desesperados de fome, voltamos a Av. Gorlero e escolhemos um restaurante que aparentava ser bonzinho. Doce ilusão! Paguei R$30,00 pelo pior miojo do mundo! Afff.... que coisa horrível! Nem gosto de lembrar aquele sabor!

Após o almoço/jantar HORRIBLE! Saímos à procura de um lugar mais espaçoso para dormir. Encontramos um hotel simples, razoável, limpo, a duas quadras do hostel, esquina com a FREDDO da Av. Gorlero. Adorei o ponto de referência. Amei ser vizinha de uma Freddo!

O hotel se chama El Puerto e o quarto de casal sem ar condicionado, depois de muita choradeira saiu por 80 dólares. O dono do hotel foi muito legal e atencioso! Nos mudamos, tomamos um banho digno, compramos uma garrafa de Médio y Médio (bebida típica que consiste na mistura de vinho e espumante) no kiosko ao lado e seguimos fazendo um esquenta com destino ao famoso Moby Dick.

Já no Moby Dick, conversa fiada regada a Zilertal e Pilsen (R$13,00 cada cerveja pequena)! Momento muito bom! Acho que foi quando tomamos consciência de que estávamos altamente “bronzeados” pra não dizer “Pimentões”. Todo mundo parecia a Rena do nariz Vermelho!

Lá pelas 2 da madrugada, voltamos caminhando para o hotel e fomos dormir!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Punta del Este - Uruguai - Dias de Sol (1º Dia)



Não tem o agito de Miami, muito menos o glamour de Viña Del Mar, mas vale o passeio. A cidade é uma graça, muito bacana pra dar boas caminhadas à beira mar, ou ainda nas avenidas principais, recheadas de lojas de marcas internacionais. As pessoas são muito solícitas, e felizmente isso é bem comum no Uruguai.

O clima no verão é quente, porém o calor é amenizado pelas ventanias constantes. Recomendo levar um casaco, ou ao menos um corta-vento toda vez que sair a rua. Nunca se sabe a hora que vai precisar usar!

1º Dia – Rumo a Punta Del Este

Saímos de Montevidéu do Terminal Tres Cruces em um ônibus da COT (http://www.cot.com.uy/), diretamente a Punta Del Este. Paguamos 196 pesos uruguaios, o equivalente a R$19,60. Compramos a passagem na hora, sem qualquer problema. No terminal é possível encontrar ônibus saindo a cada hora, tanto na COT, quanto na COPSA (http://www.copsa.com.uy/).

O ônibus é bacana, confortável, tem até acesso a net gratuita, mas isso foi algo que nem utilizei. Acabei dormindo às 2 horas e 15 minutos do trajeto! rs rs

Enfim chegamos a Punta, estava ansiosa para conhecer a cidade e obviamente tirar fotos do monumento mais famoso de Punta: La Mano.

Ainda no terminal, fui até o setor de informações turísticas, onde além de receber um mapa da cidade, fui instruída de tudo de bom que havia para se conhecer. O pessoal que faz o atendimento é mega simpático, como todos os uruguaios! kkk Acho que já disse isso antes!


Fomos caminhando do terminal até o hostel Tas D’ Viaje (http://www.tasdviaje.com/).  Ele é super bem localizado, esta a 4 quadras do terminal de bus, 1 quadra da Av. Gorlero e a 2 quadras da Plaza Artiga (onde diariamente ocorre uma feira de artesanato).

Paguei 30 dólares em um quarto compartido com 6 camas no hostel. È... bem caro! Ainda era alta temporada! O hostel é bem legal, mas o quarto extremamente claustrofóbico. Não dava pra ficar sentada no beliche sem bater as costas e olha que eu sou bem baixinha!

Os banheiros eram outro problema, além escassos, estavam sempre interditados por entupimento. Possui um bar bem legal, onde se faziam festinhas divertidas, e o staff, apesar de não estarem preparados para dar informações sobre a cidade, eram muito simpáticos.

Check-in feito, apesar do cansaço, saímos para conhecer a cidade. Obviamente seguimos direto para Av. Gorlero. Muito famosa e recomenda em qualquer site ou blog. Vale dar uma passadinha na Calle 20! Nessa rua dá pra conferir as melhores lojas e marcas!!

A Av. Gorlero é uma rua com varias lojinhas, a maioria vendendo artesanato, roupas, doce de leite e outras coisas típicas da região. Tem vários restaurantes legais, fast food e FREDDO!!

Depois fomos a Playa Brava. Não é a mais recomendada para banho, o nome da praia faz jus as ondas que pode encontrar nela! A praia é banhada pelo Oceano Atlântico, esta sempre cheia de gente, mas só os surfistas ou os muito corajosos se ariscam a entrar no mar! Lá também você vai encontrar o momumento LA MANO
, monumento do artista escultor chileno Mario Irarrazabal, que traduz o nascimento ou a presença do homem surgindo na natureza, com uma mão em tamanho gigante que aparenta sair da areia.

Difícil tirar fotos deste lugar diante da tamanha concorrência. Me senti no Cristo Redentor! kkk Acho que nem de madrugada alguém consegue tirar uma foto de La Mano sem “amigos”. kkkk

O monumento é bem interessante e dá uma boa foto, mesmo que saia cheia de gente ao lado! Ir a Punta e não tirar uma foto de La Mano é o mesmo que não ter ido a Punta.

De lá, fomos descendo as ruas da cidade, que além de nome tem número. Na verdade elas são bem mais famosas pelos números! Vai entender isso! O meu hostel, por exemplo, ficava na calle 24 com a 29!


Caminhei um monte até chegar ao farol, conhecido como El Faro. Estava fechado, mas mesmo assim consegui excelentes fotos. O farol fica ao lado de outro ponto turístico do lugar, uma pequena e charmosa igreja azul, conhecida como La Paróquia.


Fazendo o contorno na península, chegamos ao Porto. O lugar esta rodeado de bons bares e restaurantes e a noite ferve!!!

Retornando ao hostel encontramos um lugar simples, mas com um CHIVITO delicioso. O restaurante se chamava El Milagro e o Chivito para 2 custava 320 pesos uruguaios, equivalente a R$32,00.

Só mais tarde descobri que era o lugar mais em conta pra se comer. Por falar nisso, pra quem quer fazer dieta, Punta Del Este é o lugar! kkk  Comer em Punta é CARRISIMO!!! Mesmo em lugares muito simples, não se come gastando menos de R$45,00.

A refeição mais barata é o Chivito, mas ainda assim se paga muito caro por este sanduíche. Fácil encontrar um Chivito a R$40,00 para uma pessoa.


O CHIVITO é uma comida típica do Uruguai, uma bomba calórica deliciosa! Vale à pena provar!!! O sanduíche pode ser servido no pão ou no prato. Contem: filé, queijo, presunto, ovo, salada de maionese, alface, tomate, azeitonas, além de um montão de batata fritas. Seria o equivalente a um X-TUDO no Brasil.

Outro dado importante dos restaurantes no Uruguai é o pagamento do I.V.A. Este imposto é cobrado pelo Estado e acrescenta a sua conta 22% do valor consumido. Daí você acaba pensando 2 vezes antes de pedir comida! kkk

Além de cara, e não muito boa... tem que pagar imposto de 22%, sem falar na gorjeta de 10% do garçom! Desse jeito qualquer um perde peso fácil!!!

Foi isso que aconteceu comigo... nem jantei! kkk Voltei ao hostel, experimentei a cerveja local Zilertal (muito boa) e fui dormir.


*  Segue continuação em próximo post.
** Informações atualizadas até a data da publicação

segunda-feira, 5 de março de 2012

Lima - A Cidade dos Reis




A grande maioria das pessoas que visitam o Peru, utiliza Lima somente como escala para Cuzco e cometem um GRANDE ERRO! Recomendo Lima como ponto de partida para sua viagem ao Peru. Reserve ao menos e 3 dias para conhecer um pouquinho desta cidade e terá uma BELA SURPRESA!

Anteriormente conhecida como “Cidade dos Reis”, Lima é a mais importante cidade do Peru. Além de capital do país, é um dos grandes centros financeiros da America Latina. Esta localizada as margens do Oceano Pacifico e possui uma elegante orla marítima, onde é possível praticar esportes como surf e parapente.

A cidade possui algumas ruínas pré-colombianas, parques, praças, feiras de artesanatos, um centro curioso, e uma culinária impressionante.

É a única cidade da America do Sul que possui uma filial do Le Cordon Bleu. Tem a gastronomia como um dos seus principais atrativos. Os pratos são sempre muito coloridos e normalmente não custam muito caro. Experimente a culinária local e peça por um bom Ceviche, ou se for um pouco menos ousado, escolha um Lomo Saltado.

Dia 1- Chegada a Lima

Cheguei as 11:00h da manhã e ainda no aeroporto fiz cambio de 100 dólares. Depois de pechinchar um pouco, tomei um taxi na empresa Taxi Green (http://www.taxigreeen.com.pe/), muito recomendada pelos mochileiros, que custou até o hostel em Miraflores o total de 45 soles.

Hospedei-me mais uma vez no Loki Hostel (http://www.lokihostel.com/ – U$11 quarto c/ 6 camas + baño privado). Após um bom banho, segui caminhando para conhecer o Huaca Pucllana, um sítio arqueológico bem no meio do bairro de Miraflores.

No caminho parei para comer em um restaurante pequenino, mas com uma comida bem saborosa, onde gastei 20 soles, com direito a entrada, prato principal, sobremesa e um como se refresco. Tudo muito simples, mas muito bom. Foi neste momento que me apaixonei pelas Papas a la Huancaína (batatas cozidas, regadas com molho Huancaína, acompanhadas de alface, ovos cozidos e um pouco de alface)!


Algumas quadras depois e cheguei a Huaca Pucllana, paguei 20 soles pelo ingresso e encontrei com um grupo que já saia com um guia. A história do lugar é interessante, mas me pareceu um pouco fantasiosa, apresenta a construção com tijolos colocados lado a lado, como livros em uma estante.
 O sítio arqueológico é bonito, mas esta muito reformado e já não parece tão antigo. O legal mesmo é saber que isso existe bem no meio de uma metrópole!

Depois do tour no cultural, segui para as compras no Mercado Índio (taxi 8 soles). Na mesma rua existe outra dúzia de mercados que vendem artesanato local. É necessário mais de um dia pra percorrer todos com calma.


Após as comprinhas, antes de anoitecer, me dirigi ao Circuito Mágicos de Águas (entrada 8 soles), para assistir a um espetáculo e tanto. O lugar é lindo e merece ser chamado de mágico. As fontes são incríveis, em algumas até da pra brincar entre os jatos de água. Obvio que fiz isso! Obvio que me molhei! Obvio que foi divertidíssimo!  J


Já era noite a fome batia descontroladamente. Por recomendação do taxista, fui ao El Señorio de Sulco, pedi por um ceviche de frutos do mar e para acompanhar uma Inka Cola. O restaurante é bem elegante, o ceviche estava mais lindo que gostoso e a Inka Cola não agradou a meu paladar como eu imaginava, mas tive que experimentar. Minha refeição mais cara do Peru (52 soles).

Cansada, tomei um taxi (15 soles) para o hostel para me preparar para um novo dia! Em resumo, estava bem encantada com a cidade.

* Informações atualizadas até agosto de 2011.