domingo, 15 de janeiro de 2012

Sobrevivendo ao Salar de Uyuni (Bolívia) 1º Dia

Minha viagem para o Salar de Uyuni começou ainda no Brasil. Como tinha só o feriado de Semana Santa para conhecer a Bolívia, acabei deixando quase tudo de lado, quando vi o Salar pela primeira vez na net. O Salar é um dos lugares mais impressionantes que visitei! A maior planície salgada do MUNDO!

Fizemos o tour de 3 dias – O primeiro dia no Salar e os demais no Deserto de Siloli e Deserto de Dali. O passeio tem condições inóspitas, muita poeira, muito frio, comida simples, vento cortante, falta de informação dos guias, que acumulam os cargos de motorista e cozinheiro, má qualidade dos alojamentos, dentre outras coisas.

Em La Paz, me hospedei no Loki Hostel (http://www.lokihostel.com/). Lá existe uma agência chamada Kanoo Tour, onde eu e uma amiga compramos o passeio de 3 dias pelo Salar de Uyuni. Pagamos 108 dólares americanos.

Precisávamos chegar a Uyuni no dia seguinte e rapidamente nos dirigimos à sede da Todoturismo (em frente a rodoviária de La Paz) para comprar as passagens de ônibus. Ficamos mais de uma hora aguardando desistências, mas conseguimos as passagens de ida, que custaram 230 bols cada.

Existem outras formas de se chegar a Uyuni, como de avião, por exemplo, porém em abril de 2011, somente através de ônibus, ou trem e ônibus! A companhia mais cara e mais recomendada é a Todoturismo. Atualmente a companhia aérea que faz o trecho até Uyuni é a Amaszonas (http://www.amaszonas.com/).

A viagem é um horror! O ônibus parece uma britadeira de rodas, apesar do aparente conforto. As 20:00h saímos de La Paz para nosso destino, com viagem prevista 10 horas. Depois de umas 5 horas de viagem, nosso bus quebrou! Bem no meio da madrugada e só no dia seguinte, pela manhã, após 4 horas parados, o motorista resolveu chamar um ônibus de resgate.

Estávamos todos preocupados, porque já havíamos pago pelo tour e já estávamos atrasados. Assim, o motorista informou que ligaria para cada agência de turismo informando o ocorrido, adiando o tour para o dia seguinte.

O ônibus de resgate chegou caindo aos pedaços e 16 km depois de seguir viagem, QUEBROU!!! Depois da cooperação de todos os passageiros e alguns litros de água no radiador, seguimos viagem a 20 por hora.

As 14:00h chegamos a Uyuni e fomos levamos para um restaurante almoçar por conta da empresa de ônibus. Tivemos a promessa de hospedagem, mas ao invés disso, enquanto estávamos comendo, a empresa deixou a nossa bagagem no meio da rua e fugiu com o ônibus! Acreditem se quiser!!!

Depois de muita briga na sede da empresa, mesmo diante da presença da policia, NADA FOI FEITO!

Seguimos desesperados em busca de hospedagem por nossa própria conta. Para nosso azar... Tudo estava lotado! Era uma sorte conseguir uma vaga. Uyuni é muito pequena e existem poucos lugares para hospedagem. Conseguimos o último quarto do Hotel Julia (pagamos 150 bols por um quarto duplo), que fica ao lado da praça principal de Uyuni e bem na rua em que saem os tours para o Salar, onde apesar do frio, não ligaram o aquecimento. À noite saímos para jantar e comemos uma das melhoras pizzas (105 bols) que comi na vida, na Minutman Uyuni, que fica dentro do Toñito Hotel.


Bem cedinho, descobrimos que a Todoturismo não tinha avisado as agências sobre o incidente no ônibus, mas a atendente da nossa agência, que era uma fofa, nos colocou no tour que saía no mesmo dia.

1º Dia

As 9:00h da manhã partimos em uma Toyota velha para o Salar. Só pudemos levar alguns mantimentos, água, saco de dormir(40 bols) que alugamos na própria agência e uma mochila bem pequena. Em companhia do motorista Edwin e mais 4 garotas ( Duas Inglesas fofas e duas indianas vegetarianas), eu e minha amiga Liu conhecemos o Salar!

Antes de chegar ao Salar visitamos o Cemitério de Trens, que não passa de um ferro velho lindo para fotos, com carcaças de trens apodrecendo, deixados ali após o colapso do minério local em 1940. Depois seguimos para um vilarejo chamado Colchani, onde almoçamos um frango, arroz e salada. Compramos artesanato feito de sal, visitamos o Museu de Sal, fomos ao banheiro (um buraco no chão), e seguimos para finalmente conhecer o Salar.


Alguns minutos depois, e já estávamos no Hotel de Sal. Tudo parece incrível, as fotos com efeitos visuais são imperdíveis. Fiz tanta arte que minha calça quase quebrou por causa do sal!


Passamos por ali umas 2 horas nos divertindo como crianças, e depois seguimos algumas horas de carro para nosso alojamento em um pueblo que não me recordo o nome. Jantamos, pagamos 10 bols. por um banho quente, fizemos uma festinha na sala de jantar com direito a aguardente de Coca trazida por mim e finalmente dormimos!

* Informações atualizadas até abril de 2011.

4 comentários:

  1. Definitivamente, um dos lugares mais lindos que já visitei.
    A Bolívia surpreende, positivamente, em todos os aspectos.

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  2. Ahhhhh Lorao, esta me deixando de água na boca pra visitar e provar tais delicias... Bjos Si!!

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  3. Quando estive em La Paz, não pude ir ao Salar por questão de tempo, mas com certeza isso será uma ótima desculpa para voltar... concordo com o comentário do Mateus, a Bolívia surpreende muito em vários sentidos!

    Em relação ao Salar, as fotos que vi do lugar são fantásticas, cinematográficas, já estou fazendo um roteiro incluindo o Uyuni... oq fica mais fácil com as dicas da minha guia de viagens preferida!

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  4. Esse post eu tenho respaldo para comentar, eu estava lá! A forma sucinta como descreveu pareceu alguns simples contratempos, né? Mas foi uma prova de fogo. Adorei cada perrengue, confusão, gritaria, discussão... A única parte que fiquei com medo foi quando apareceu a policia boliviana querendo saber quem tinha agredido o funcionário da agencia. Mas nem por isso deixou de ser mágico. O Salar é realmente incrível! A comida simples dos acampamentos parece manjar dos deuses em meio ao frio, cansaço e a altitude. É de impressionar aquele branco tão alvo, radiante e cristalino que nos incomoda olhar sem óculos de sol. Faço minhas as palavras do rei: “...se chorei ou se sorrir, o importante é que emoções eu vivi!” kkk...

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